Racismo

 






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“O Ministério da Saúde orientou as pessoas a usarem máscaras de proteção caseiras, para ajudar na prevenção contra o coronavírus. Dias atrás eu precisei sair de casa. Sem ter máscara, pensei: vou improvisar uma bandana com uma camiseta minha. Parecia a ideia perfeita, até eu me olhar no espelho. Óbvio que aquilo não ia funcionar. Não contra a covid-19, mas contra o racismo, que dita que um jovem preto na rua é um bandido.”

Essa frase é do artista de rua Gleyson Pereira Borges, que comanda o projeto A Coisa Ficou Preta, abordando temas acerca do racismo e negritude, por meio de intervenções urbanas. Aderiu às "colagens virtuais" enquanto não volta às ruas. Em meio à pandemia da COVID-19, a quantidade de manifestações nos faz pensar no lugar da arte como um espaço de resistência, pois o vírus não impede que a arte aconteça.

Uma pessoa negra tem 2,7 vezes mais chances de ser vítima de assassinato do que pessoas brancas (Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil – IBGE – 2019). E esse número só aumenta. Mas negro morto não choca. Não surpreende. Não assusta. Já é esperado, é rotina, é normal. E isso tamo falando de um extremo do racismo. O extremo de perder a vida. Mas esse não é o único medo. Temos medo de ser humilhados, confundidos, estereotipados, de ser seguidos por seguranças, de não ser valorizados, de não ser amados, de não conquistar sonhos (ou sequer sonhar), de não se achar pertencente a determinados lugares ou posições, de não ter a simples oportunidade de mostrar quem somos, quando a cor da nossa pele já diz tudo o que a branquitude racista quer saber. E de tanto se repetir, nós mesmos acabamos acreditando em tudo isso. Seja pelo racismo velado ou pelo racismo mais violento, toda pessoa preta já deixou de ir a algum lugar por causa dele. Com medo dele. Pelo menos em casa (teoricamente) é mais difícil dele nos alcançar. E como não dá pra achar uma ~vacina~ pro racismo, o coronavírus vai passar e vamos continuar nos virando do jeito que a gente pode. Tirando coragem de onde não tem pra sair de casa e enfrentar diariamente a pandemia que só destrói o povo preto.” (www.instagram.com/acoisaficoupreta)
















1) Se você fosse fazer um cartaz sobre racismo para colocar nas ruas de Santa Maria, qual seria a frase que você colocaria? Por quê?

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2) Pense na ideia do cartaz e faça um desenho que complete essa frase, relacionado com o texto acima. (Você pode colorir com lápis de cor, fazer colagens com papéis coloridos ou usar o que tem em casa).